segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ela e Deus.


Ninguém a conhecia totalmente. E mesmo se alguém a olhasse nos olhos, tentando desvendá-la, ainda assim havia muito mais além deles. Ficava pensando como seria incerta a imagem que os outros tinham dela. Composta daquilo que ela mostrou ou somente do que quiseram ver.

Escondia-se muitas vezes, se defendo, guardando o seu melhor ou o seu pior, dependia assim de muitas variáveis...
Não era tão forte assim, nem tão nobre assim, não havia nenhum adjetivo que a definisse, alguns eram só mais freqüentes.

Ninguém a via por completo.
Se chegassem mais perto quem sabe...
Não, nem assim.

Pensava então como podemos conviver uns com os outros sem ter a menor idéia ou uma idéia errada de quem somos realmente; desejos, sentimentos, pensamentos, intenções. Imaginava essa porção da alma que é essencialmente pessoal, intransferível, ás vezes até inconsciente.

Esta visão da totalidade da alma que está limitada a Deus.
Onisciência, aliás, sabiamente não distribuída aos homens.
Estes então não sabem mesmo quem ela é, nem fazem idéia do que realmente precisa.
Sua referência não pode mais ser, o que os outros esperam que se torne.
Definitivamente não poderá terceirizar seus sonhos, nem suas escolhas.

Chegou naquele momento em que cansou de esperar pelo que viria.
Percebeu que acordou um dia com uma nova compulsão; Ser feliz!
Entendeu que mais triste que não ser o que os outros esperam é não ser quem ela quer ser.
Sem dívidas emocionais, sorriu um sorriso de liberdade.

Tem enfim, se ocupado consigo mesma, em se conhecer e então seguir caminho, certa de onde quer e precisa chegar. Até vê as coisas á sua volta, mas se abstém de quase todas, por um tempo apenas, não chega a ser egoísmo, nem a solidão é total, tem boa companhia. 
Vai atenta a cada detalhe dentro de si mesma, assim, ela e Deus.

Kelly Rodrigues.

1 comentários:

RICARDO garopaba BLAUTH soltou o verbo...

VORTEi TAMEM.......juca de oliveira.....heheheheheheheh

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