quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Quando Escrevo...

Observar as pessoas, e observar a mim mesma, me dá inspiração para escrever.
Eu gosto de tentar decifrar o que acontece á minha volta. Gosto de ler as pessoas, de ficar quietinha e prestar atenção; ao olhar, a linguagem corporal, ao tom da voz. E eu tenho também, além da boa observação, uma ótima intuição, (eu acho).
Nenhum poder sobrenatural não, mas, geralmente eu acerto, sinto qual é a intenção das pessoas, o jeito de cada um. Eu gosto de identificar nelas o humor; de quase tudo nesta vida, dá pra rir, eu acho. Acho que o riso deixa os problemas mais fáceis, deixa agente mais leve, relaxa, conforta, por isso faço questão do humor.
Tenho alguns requisitos nos meus textos, escrevo criticando, trazendo á tona assuntos que devem ser discutidos, refletidos. Tentando também fazer com que as pessoas se despertem com a leitura, pensem no assunto, mas que também se divirtam com ele.
Gosto de ver as pessoas quando estão lendo. Eu sempre faço um teste assim, fico olhando com expectativa, como elas reagem... Elas começam a ler com uma expressão curiosa, tentando ainda saber do que se trata, lêem a introdução, aí balançam a cabeça negativamente rindo, como quem pensa; "só você mesmo" ou positivamente dizendo sem palavras; " é mesmo!". Ficam pensativas, entendendo a moral da história, depois comentam..."eu também (alguma coisa qualquer)" ou "eu conheço alguém"... Aí então eu sinto a missão cumprida, eu consegui mexer com alguém na medida que eu planejava.
Me sento para começar, estralo todos os dedos das mãos, estico os braços... ah, como é boa a sensação. A folha em branco, na tela do word, é tão promissora, tão desafiadora. rsrsrs
E eu valorizo os detalhes, de acender reflexões que ninguém nota, de conversar sobre hábitos do cotidiano. O comum é interessante, é engraçado, e as pessoas se identificam.
Quando escrevo, me deixo também ser observada, fico exposta. Deixo as pessoas conhecerem um pouco de mim, como penso, corro o risco da reprovação. Os textos são como filhos, tenho ciúmes, um certo egoísmo, e ao mesmo tempo orgulho, um desejo de que cresçam e cumpram seu propósito.
Quando escrevo eu me reinvento, me analiso, me realizo.

Kelly Rodrigues.


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