"Não
existe um investimento seguro. Amar é ser vulnerável. Ame qualquer coisa e seu
coração irá certamente ser espremido e possivelmente partido. Se quiser ter a
certeza de mantê-lo intacto, não deve dá-lo a ninguém, nem mesmo a um animal.
Envolva-o cuidadosamente em passatempos e pequenos confortos evitem todos os
envolvimentos, feche-o com segurança no esquife, ou no caixão do seu egoísmo.
Mas nesse esquife, seguro, sombrio, imóvel, sufocante, ele irá mudar. Não será
quebrado, mas vai tornar-se inquebrável, impenetrável, irredimível. O único
lugar fora do céu onde você pode manter-se perfeitamente seguro contra todos os
perigos e perturbações do amor é o inferno."
C. S. Lewis
Não conheço definição melhor e mais clara sobre a prática
do amor, do que esta de C. S. Lewis. Amar é mais que um risco. É impossível
amar e não sofrer danos, perdas, decepções, ser gravemente ferido, uma vez,
duas, incontáveis. Mas nós somos convidados a amar, ordenados a amar.
Tivemos
exemplo inspirador quando fomos amados por Cristo e Ele amando-nos sofreu todas
as implicações possíveis que Paulo descreveu em I Coríntios 13, assim como foi
o único capaz de viver sua plenitude. E nós lemos este texto como quem lê um
lindo poema romântico; “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” e na
verdade ele é um convite ao martírio.
A verdade é que somos imperfeitos, diante de Deus,
para nós mesmos e somos imperfeitos uns para os outros. E amar o próximo como a
mim mesmo, seja amor de amigo, de pai e mãe, de filho, de homem e mulher, é
amar o imperfeito e o imperfeito erra, mesmo e principalmente quando também
ama.
Nós também imperfeitos, criamos expectativa do
outro igualmente proporcional á nossa carência e necessidade, como quem espera
uma última peça que encaixe perfeitamente ao quebra-cabeça, mas a figura nele
fomos nós que criamos e muitas vezes nem sabemos como ela é.
Aceitar a disritmia é difícil, nós criamos o padrão
e ninguém nunca vai correspondê-lo.
A conclusão é que somos ordenados a amar, e a amar
muito, amar a todos e com grande intensidade. Por quê? Porque se reparamos bem,
quanto maior é o amor, menos exige padrão e maior é a disposição para perdoar. Mais uma vez o exemplo é a amor de Deus, que
nos ama não pelo que nós somos, mas apesar do que somos.
Assim amando, vez ou outra haverá dor, amaremos
mais do que deveríamos ou menos, recebendo pouco ou nada de volta e sem direitos
a requerer. O amor não é seguro, não é investimento é doação. Contudo, ainda
escolho o amor. Sem amor, de que vale a
vida? Que sabor ela tem? Amem os que tiverem coragem suficiente. Porque no amor
não há medo, antes o perfeito amor lança fora todo o medo.
Kelly Rodrigues.
1 comentários:
Nossa, li tudo segurando a respiração, sempre faço isso quando o texto é muito inspirado, faço sem ver, sem entender, é involuntário...o amor é um sentimento tão nobre que é o maior, tão lindo que só de falar a gente sente, tão bom que só dá vontade de amar, se vem algo em troca ou não tá bom demais, pelo menos tenho esse dom, essa dádiva, amar é a melhor coisa do mundoooooo
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